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Jul 2019

A Fábula do Porco-Espinho

By: vaniaegs | Tags: | Comments: 0

Promover e estimular o bom relacionamento com as pessoas é de fundamental importância tanto para a educação quanto para a vida em sociedade.

Sabemos que muitas vezes é difícil se relacionar bem, pois a convivência gera conflitos que muitas vezes magoam e afastam as pessoas.

No entanto, o bom relacionamento não é aquele que une pessoas perfeitas, mesmo porque essas pessoas não existem, mas sim, aquele onde cada pessoa aprende a conviver e respeitar as diferenças do outro.

Nesse sentido, descreveremos abaixo a fábula do porco-espinho, escrita pelo filósofo alemão Arthur Schopenhauer, que traz uma reflexão excelente sobre esse tema e também possibilita muitas atividades educacionais com as crianças.

Afinal, quanto mais cedo as crianças aprenderem a se relacionar bem, respeitando as diferenças para uma boa convivência, melhor será para sua aprendizagem e para sua vida de maneira geral!

Essa fábula possibilita trabalhar o relacionamento entre colegas de sala, respeito as diferenças, trabalho em equipe, tolerância e amor ao próximo.

 

Fábula do porco-espinho

Séculos atrás, quando a Terra estava coberta por espessas camadas de gelo, durante uma era glacial, muitos animais não aguentavam o intenso frio e morriam, por não se adaptarem ao clima severamente gelado.

Foi então que numa tentativa de sobrevivência e proteção, uma manada de porcos-espinhos começou a se juntar, unindo-se um bem pertinho do outro. Dessa maneira ficavam em grupos protegidos e aquecidos mutualmente. E assim eles conseguiam resistir ao frio por mais tempo.

No entanto, com o passar do tempo eles começaram a se ferir e ferir os companheiros com os espinhos de seus corpos, e, justamente os que estavam mais próximos e ofereciam mais calor eram os mais feridos. Por isso, foram ficando magoados com as dores das espinhadas e decidiram se afastar.

Se afastaram pois não conseguiam mais suportar a dor dos espinhos de seus semelhantes e preferiram ficar sozinhos. No entanto, ao desfazerem os grupos voltaram a morrer congelados de frio e logo perceberam que se afastar não foi a melhor solução!

Os que não morreram, precisaram fazer uma escolha: ou aceitavam os espinhos dos companheiros ou morreriam e desapareceriam da Terra.

Com sabedoria, aos poucos, os que não morreram foram voltando a se aproximar, devagarinho, com jeito e com cuidado tal, que conservavam uma mínima distância um do outro, suficiente para conviver sem ferir, proteger sem magoar, sobreviver sem causar danos recíprocos.

E assim, aprenderam a conviver com as pequenas feridas que a relação muito próxima de alguém pode causar, e entenderam que o mais importante era o calor do outro. Aprenderam a amar, aprenderam a respeitar.

Resistiram ao gelo e juntos, sobreviveram!

Morais da história:

É fundamental para o sucesso de qualquer relacionamento, aprender a respeitar os gostos, os sentimentos e as diferenças do outro.

Ninguém jamais será totalmente bom, perfeito ou igual. O melhor relacionamento não é o que une pessoas iguais ou perfeitas, pois essas pessoas não existem. O melhor relacionamento é aquele onde as diferenças são respeitadas, e onde as pessoas aprendem a conviver com os defeitos e admiram as qualidades do outro.

E nunca se esqueçam que juntos somos mais fortes!

 

Leia essa fábula com as crianças e depois faça uma roda de conversa explique sobre o ensinamento da fábula e aborde temas como respeito aos coleguinhas de sala, amigos, familiares e deixe que as crianças falem sobre seus sentimentos com os relacionamentos que possui. Depois de ouvir as crianças fale sobre atitudes que reforçam o bom relacionamento e atitudes que devemos evitar para não destruir um relacionamento, e estimule a participação das crianças nessa conversa.

Ao final da conversa, peça que em duplas, elas façam um desenho livre sobre o tema “Como me relacionar bem”. Ao final do desenho, peça para cada dupla expor seu desenho.

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