Oiee!

Está recomeçando mais um período letivo!

No final de julho e comecinho de agosto recomeçam as aulas, e em geral o que muitos pais chamam de normalidade. Afinal, a rotina da maioria das famílias só entra nos eixos quando as crianças estão em aula.

Pois então, vamos a seguinte reflexão:

Imagine que você está fazendo algo que realmente gosta e tem que interromper essa atividade para começar outra que parece ser menos interessante. Pois é exatamente isso que está acontecendo com as crianças, por ter que deixar as férias para voltar as aulas.

Qual o sentimento que toma conta dos pais numa hora dessas?

Muitos talvez assumam uma atitude mais firme e vigorosa e falam para as crianças que as coisas são assim mesmo e ponto final. Dizendo coisas do tipo: chega de conversa e vai estudar.

Essa postura, contudo, pode gerar muitos atritos que por sua vez só pioram esse momento tão delicado por si só.

Talvez, alguns pais prefiram assumir uma postura mais amistosa, dando conselhos, indicando caminhos e mostrando que as coisas são assim mesmo e ponto final.

Repararam como a postura é praticamente a mesma? Apenas temperada com um pouco mais de suavidade? Como resultado em geral, o que se consegue, é que o filho assuma a velha posição do “ninguém me entende nessa casa”.

Mas será que os pais precisam ou serem amistosos ou serem rigorosos? Será que existe uma postura intermediária que gere mais equilíbrio na relação com o filho?

Claro que existe!

Basta que os pais sejam sinceros, afinal de contas, para nós pais também é ruim a interrupção de algo que gostamos. Nós também nem sempre voltamos para nossa rotina com um sorriso nos lábios.

De fato, o que é importante acontecer entre pais e filhos é algo muito antigo, mas pouco praticado entre os familiares: o diálogo!

É essencial que os pais deixem claro para os filhos que estes devem assumir suas responsabilidades. Mas os pais devem estar presentes o tempo todo para ajudar nesse processo.

As tarefas domésticas, o trabalho e o pouco tempo, em geral são obstáculos que atrapalham na relação de confiança que deve ser estabelecida entre pai e filho, para que o processo de ensino e aprendizagem aconteça de forma adequada.

Mas é preciso lembrar que a escola precisa da colaboração da família para que consiga atuar de forma segura e plena na formação do caráter e na aquisição de conhecimento do aluno.

Ser sincero com o filho, não significa apenas dizer a verdade para ele, mas sim ser cumplice na compreensão de que as dificuldades existem e que você não apenas entende seu filho, mas se solidariza e partilha de seus sentimentos.

Assim, cabe aos pais apresentarem a escola aos alunos como algo positivo, discutindo sobre o que foi aprendido, tirando dúvida com seus filhos e aprendendo com eles. Ajudando nas tarefas e acima de tudo, demonstrando interesse e valorizando seu esforço, ainda, que os resultados não sejam os esperados.

Não somente agora, mas durante todo o ano, isso deve acontecer.

É importante deixar claro aos filhos aquilo que se espera em termos de comportamento, postura, notas e rendimento, mas acima de tudo, é essencial que os pais participem ativamente desse processo, dedicando tempo com qualidade para eles. Sendo de fato, exemplos para seus filhos.

Como posso exigir que meu filho leia se eu nunca pego um livro nas mãos? Como posso exigir que ele saia do celular ou da TV se passo parte do meu tempo com o celular ou na frente da tv? Como posso exigir que ele não grite se eu não consigo baixar o meu tom de voz?

Lembre-se de que seu filho aprende com o exemplo da imagem e da atitude e não só das palavras.

Portanto, é importante que na construção de uma rotina saudável de estudo, pais, alunos e escola estabeleçam uma relação de confiança e sinceridade que busque a plena realização do processo de ensino e aprendizagem.

Essa construção deve ser diária e habitual. Não pode e não deve ser esporádica e conflituosa.

Deve ser justa e pode ser alegre e prazerosa. Só depende do nosso esforço.

Bom recomeço para todos nós!